Numa das minhas andanças pela Internet me deparei com este post que achei muito apropriado para a fase que estou vivendo...essa montanha-russa em que se transformou a minha vida. Eu não teria palavras para expressar tudo o que estou vivendo...mas esse texto consegue direitinho...Podem ler, mas não deixem de visitar o blog onde eu encontrei esse texto: Welcome 2 the World
17 coisas que mudam para sempre quando você vive no exterior
1. A adrenalina nunca te abandona
Desde o momento em que você decide viajar para o exterior, sua vida se transforma numa montanha-russa de emoções… você, “vira e mexe”, se depara com uma situação na qual tem que improvisar, porque simplesmente não esperava, e toda essa aventura se transforma num grande processo de aprendizagem, que te ensina a como se sair bem quando se tem que improvisar. Os sentidos ficam mais apurados e você simplesmente erradica a palavra “rotina” do seu vocabulário para dar vez à palavra “adrenalina”. Novos lugares, novos costumes, novos objetivos, novas pessoas… a sensação de começar do zero, que teoricamente deveria te assustar, te estimula ainda mais!
2. Quando você volta, tudo segue igual
Quando você volta à sua casa para passar alguns dias ou uma temporada, você se surpreende pelo fato de tudo continuar a acontecer da mesma maneira. A sua vida passou a ter um ritmo muito frenético, acelerado, e você chega carregado de vivências e com uns dias de férias por viver, mas em casa tudo continua no mesmo ritmo de sempre. Seus familiares e amigos continuam fazendo os mesmos “malabarismos” com as obrigações cotidianas. E você simplesmente se dá conta de que a vida não tem limites para você, ela não para!
3. Te sobram, mas também te faltam, palavras…
Quando alguém te pergunta como tudo está caminhando, você demora a encontrar as palavras adequadas para descrever o momento pelo qual está passando. Sente que às vezes é preciso dar uma segurada na língua para não parecer pretensioso. Afinal, viver no exterior te proporciona experiências que talvez nem em 100 anos vivendo no seu país de origem você fosse capaz de experimentar.
4. Você percebe que a coragem está super valorizada
Muitas pessoas lhe dirão o quanto é valente, dirão que também gostariam de fazer o mesmo, mas que não são ousadas o bastante… mas você, que também teve medo em algum momento, sabe melhor do que ninguém que a valentia nunca constitui a maior parte das decisões. Talvez uns 10%. Os outros 90% se resumem à vontade. Tem vontade de fazer algo? Faça! Quando damos o primeiro passo descobrimos que já não há distinção entre valentes e covardes. Aconteça o que acontecer, existirá a disposição – ou a falta dela – de enfrentar o que vier.
5. E, de repente, você é mais livre!
É provável que você seja tão livre quanto antes, mas a sensação de liberdade, agora, é diferente. Você saiu da sua zona de conforto e fez com que tudo seguisse “funcionando” mesmo a muitos quilômetros de distância de casa, e isto faz com que você sinta que pode fazer qualquer coisa!
6. Você deixa de falar um idioma em concreto
Algumas vezes você simplesmente observa que te falta uma palavra em um idioma; outras vezes percebe que quer explicar algo mas só te vêm à cabeça palavras daquela língua que deveria estar desativada naquele momento… Você pensa na expressão perfeita, mas no idioma errado! Quando você convive com uma língua estrangeira, você aprende e desaprende ao mesmo tempo. Enquanto você interioriza referentes culturais da segunda língua, ou seja, os vocábulos e seus significados, se surpreende ao se pegar fazendo um esforço para ler em sua língua materna a fim de que ela não enferruje.
7. Aprende a se despedir… e a aproveitar!
Você logo se dá conta de que agora muitas coisas e pessoas são passageiras e que o valor da maioria das situações se torna muito relativo. Você aperfeiçoa o equilíbrio entre “criar laços” e “saber se despedir” de objetos, pessoas e recordações. Na verdade, vive numa luta eterna entre nostalgia e pragmatismo.
8. Você vive com tudo duplicado
Dois chips telefônicos (um deles repleto de telefones de todas as partes do mundo), dois cartões de bibliotecas distintas, duas contas bancárias, dois tipos de moeda que SEMPRE – e você não sabe como – acabam se misturando exatamente na hora que você tem que pagar algo…
9. Normal? Mas o que é ser normal?
Viver em outro país, assim como viajar, te ensina que “normal” significa social ou culturalmente aceito, de maneira que quando você se joga em outra cultura, em outra sociedade, o seu conceito de “normalidade” se desfaz. Você aprende que há outras formas de fazer a mesma coisa e depois de um tempo você também adota aquele costume que antes julgava impraticável. Essa experiência também permite que você se conheça melhor, pois você descobre aquilo em que realmente acredita e aquilo em que te ensinaram a acreditar.
10. Você passa a ser um turista na própria cidade
Aquela atração turística que você nunca havia visitado em seu país entra para a lista de lugares que você pretende visitar, isso pelo fato de você ter se tornado um expert da sua nova cidade e um turista na sua antiga, razão pela qual você sempre terá uma lista infinda para dar aos seus amigos sobre a sua cidade nova, enquanto esperará que te deem alguma quando for visitar a cidade velha.
11. Aprende a ser paciente e a pedir ajuda
Em outro país a tarefa mais simples pode se transformar num objetivo de vida. A burocracia, a busca pelas melhores palavras e expressões na hora de se comunicar, descobrir que ônibus pegar para chegar a determinado lugar… sempre haverá momentos de desespero, mas logo você adquire uma paciência que nunca teve e aceita pedir ajuda (no ônibus, na rua, a meros conhecidos). Você enxerga que fazê-lo não é apenas inevitável, mas o melhor a ser feito.
12. O tempo é medido em pequenos momentos
É como se você observasse da janela de um carro em movimento… o tempo então, à distância, parece passar lentamente. Já se você estivesse mais perto, os detalhes passariam de forma mais rápida, chegando até a causar vertigem. Quando se está distante, as notícias chegam mais lentamente, com um espaço de tempo entre elas… aniversários, pessoas que se vão, eventos em que não poderá estar presente, etc. Em contrapartida, no seu novo lar, o dia-a-dia é corrido. Assim, o conceito de “tempo” acaba por ser relativo e você simplesmente aprende a medi-lo em pequenos momentos, quer seja num papo através do Skype, com as pessoas queridas de sempre, ou numa conversa informal acompanhada de cerveja e novos amigos.
13. A nostalgia toma conta de você no momento mais inesperado
Uma comida, uma música, um cheiro… qualquer detalhe é suficiente para que, de repente, a nostalgia te domine. Você sente saudade de detalhes que nunca imaginou que pudesse sentir (levante a mão quem, fora do Brasil, nunca sonhou com um churrasco tipicamente brasileiro acompanhado da boa cerveja gelada!). Nesse momento você sente que daria tudo para poder se teletransportar, nem que fosse por um instante, para o lugar em que fosse possível matar essa saudade ou, pelo menos, para perto de alguém com quem pudesse compartilhar essa sensação mas que, sobretudo, fosse capaz de compreendê-lo(a).
14. Você sabe que não se trata de “onde”, senão de “como” e “quando”
No fundo você sabe que sente muita saudade não de um lugar, mas de uma estranha e mágica comunhão do lugar, com o momento e com as pessoas adequadas. Você sabe que naquele ano que viajou compartilhou a sua vida com pessoas especiais, que fizeram aquela experiência incrível e te deixaram muito feliz. Você tem consciência de que deixou um pedacinho de você em cada lugar em que viveu; sobretudo sabe que às vezes voltar a uma cidade para matar a saudade não é suficiente, pois o momento e as pessoas já não serão os mesmos.
15. Você muda
Você lerá frequentemente que há viagens que mudam a vida, mas descobre que apesar de todos os clichês, viver em outro país é o tipo de viagem que te proporcionará uma mudança profunda. Questionará as suas raízes, abalará as suas certezas e te fará avaliar os seus medos. Talvez você não acredite enquanto não passar por isso nem se dê conta durante a sua viagem, mas algum dia verá com uma clareza estonteante a sua evolução. Você terá cicatrizes, mas serão sinais de vida, de que você amadureceu.
16. A sua casa cabe em uma mala
A partir do momento que a sua vida couber em uma mala (se a sua companhia permitir, com sorte, em duas malas), aquilo que você entendia como “lar” simplesmente se desfaz. Quase tudo que você pode tocar com as mãos passa a ser substituível; não importa para onde você viaje, sempre acumulará roupa nova, novos livros, novos potes… mas chegará o dia em que a sua nova cidade simplesmente invadirá seu coração de maneira a fazê-lo(a) sentir-se em casa. E é aí que você descobre que é o seu lar que te acompanha. Quem fica para trás são as ruas que serviam de cenário para a sua vida. O seu “doce lar” agora se traduz pelos novos objetos que decoram o seu novo apartamento, mas que um dia também serão abandonados sem apego se um dia decidir que chegou a hora de morar em outro país. O seu verdadeiro lar, na realidade, é feito de recordações, de conversas à distância com familiares e amigos, de algumas fotografias…Home is where your heart is. (“Doce lar” é onde está o seu coração).
17. E não há forma de voltar atrás
Depois desse tipo de experiência você aprende o que significa renunciar a comodidade, começar do zero e se encantar diariamente. E o mundo é tão grande… como é possível renunciar a possibilidade de seguir descobrindo cada canto do nosso globo?