quarta-feira, 27 de junho de 2012

Começa hoje a Final da Libertadores...


Se tem uma coisa que eu gosto é de ser corinthiana. O amor pelo Corinthians é algo que eu não sei explicar. Nasceu sem explicação e dura por toda a minha vida.

E eu sou daquelas torcedoras que adora assistir aos jogos, não sou fanática a ponto de deixar de fazer outras coisas importantes, nem de gastar todo meu dinheiro indo a jogos ou comprando artigos relacionados ao time....mas é aquele sentimento gostoso que a gente não sabe explicar (como tudo que é bom na vida).

Semana passada me emocionei para caramba quando ele conseguiu se classificar pra a final da Libertadores, fiquei acordada até tarde para ouvir a entrevista coletiva do Tite (que arrasou!) e fui dormir mega feliz. Mesmo com a chuva que estava caindo parecia que o Brasil tinha vencido a final da Copa do Mundo de tanto rojão que estouraram.

Hoje vou com uma galera assistir o jogo em um barzinho, confesso que prefiro assistir em casa, mas como eu brinquei com o pessoal, se meu time perder hoje (isola..toc, toc, toc) vai ser porque eu não assisti o jogo na minha casa, então semana que vem não adianta nem me convidarem que eu não arredo o pé de casa!...kkkkk

Mas isso não vai acontecer e sei que hoje teremos um jogo sensacional.

E aproveito para deixar registrado que para mim não importa qual vai ser o resultado final, eu sei que esse time do Corinthians está jogando com raça e com o coração, eu sei que eles merecem ser os campeões e se por uma eventualidade isto não acontecer, eu vou ficar muito triste, vou até chorar...mas meu amor pelo Corinthians não vai mudar!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O lado B do meu pai

Meu pai também tinha seu lado bom...tenho poucas mas boas lembranças dele de quando eu era criança, pois apesar das brigas entre ele e a minha mãe, ele não brigava com a gente ...lembro de quando ele me levava no bar e comprava um monte de doces, lembro dele quando eu ia falando os nomes dos lugares, eu nem sabia ler mas decorava rapidinho cada lugar que ele falava e lembrava tudo depois....lembro que ele me achava uma criança inteligente (e modesta, claro!)...

Todas as pessoas que o conheceram sempre disseram coisas boas a seu respeito, que era um homem muito bom quando não estava bêbado, minha mãe inclusive sempre disse isso e sempre nos incentiou a procurá-lo, ela sempre deu a maior força para que nos mantivéssemos em contato com ele.

E por mais que algumas coisas não tenham dado certo e/ou tenham acontecido da maneira como aconteceu, eu também procuro guardar só as boas memórias que tenho dele. Hoje eu entendo que ele tinha uma doença séria que é o alcoolismo, que essa doença acabou abrindo as portas para uma doença como o câncer.

Se eu gostaria que as coisas tivessem sido diferentes? Sim. Se eu gostaria que meus pais nunca tivessem se separado? Sim. E quando eu era criança esse era o meu maior desejo.

Gostaria de ter entendido muitas coisas antes que ele tivesse falecido, gostaria que ele também tivesse entendido que precisava de ajuda e que poderia controlar e conviver com essa doença, gostaria de tê-lo conhecido melhor, gostaria que muitas coisas tivessem sido dferentes. Mas a vida não é assim e ninguém vive de SE, não é mesmo?

E também quem sou eu para julgar o que é certo ou errado? Não sou ninguém. Cada um faz as coisas com a compreensão que tem no momento, cada um tem seus defeitos e qualidades, e por isso mesmo suas limitações.

Mas eu acredito na mudança das pessoas, acredito que todo mundo mereça uma segunda chance. Não sei como isso acontece, o que é necessário para desejar mudar, para ter forças para mudar, em que momento a pessoa decide isso...mas eu sei que é possível.

"Os sábios dizem que as grandes transformações interiores e comportamentais se dão pelo amor ou pela dor".

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Meu pai

Meu pai foi um dos relacionamentos mais difíceis que eu tive na vida. Me lembro que quando eu era criança (por volta dos cinco anos) ele tentou cometer um suicídio. Eu não entendia as coisas direito naquela época (e talvez nunca chegue a entender), mas me recordo da correria, das marcas de sangue no chão (ele cortou os pulsos e saiu andando para um canavial que tinha próximo a nossa casa), do som da ambulância, carro de polícia....na verdade são flashs que vem a minha memória...

Passada essa época, nos mudamos de bairro e lembro que as coisas ficaram piores, ele bebia bastante e depois de um tempo começou a beber ainda mais. E as brigas com minha mãe eram frequentes. Brigas feias, de ele querer bater nela e tudo...até que chegou a um ponto em que as coisas ficaram insuportáveis e como ele já tinha uma outra mulher nessa época, ele foi morar com ela.

Lembro, durante a separação, de ter que ir ao fórum e dizer para o juiz se eu queria ficar com minha mãe ou meu pai...escolhi ficar com minha mãe. E assim foi. Eu e minha irmã mais nova ficamos com a minhã mãe. Mudamos nós três para o bairro onde moro até hoje.

Depois disso fiquei um tempo sem ver meu pai, depois ele aparecia de vez em quando para querer voltar com a minha mãe, mas nunca dava certo por que ele já tinha outra mulher. Então ele sumiu por vários anos...até que começamos a receber notícias dele aleatoriamente...que continuava bebendo, que estava trabalhando em tal lugar, que estava morando em tal lugar, etc...

As notícias que chegavam foram ficando cada vez piores...que ele estava doente e cada vez mais doente. Minha irmã mais nova e meus irmãos mais velhos sempre iam na casa dele para visitá-lo. Eu resistia a ir. Lembro de ter ido umas três ou quatro vezes. Até que no ano em que eu sofri um acidente de carro, assim que eu recebi alta e cheguei em casa fiquei sabendo de que ele estava no hospital e tinha sido diagnosticado com cancêr na garganta em fase terminal.

Passado um tempo fui com minha mãe e minha irmã mais velha visitar meu pai no hospital. E quando eu cheguei lá quase não o reconheci de tão magro que ele estava. Ele estava muito debilitado e não conseguia falar. Lembro que eu também não falei nada, apenas segurei na mão dele e sorri. Ele ficou me olhando e sorriu de volta. Até hoje me emociona lembrar esse momento. Foi a última vez que o vi com vida. Menos de um dia depois ele havia falecido.

No dia do enterro encontrei com vários parentes que eu não conhecia. Os irmãos do meu pai também tinham morrido jovens (meu pai tinha 59 anos quando faleceu) e só tinha uma irmã que ainda é viva. Vieram os familiares dele de Ibitinga, que minha mãe conhecia, e alguns amigos, vizinhos e colegas de trabalho. Ele foi enterrado no cemitério da Ressureição aqui e Piracicaba.

continua....

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pausa para os comerciais

Que eu sou uma tremenda de uma traumatizada nem todo mundo sabe, mas eu sou... E eu com essa mania de auto-conhecimento e coisa e tal me peguei lendo um livro: A essencial arte de parar - David Kundtz. Peguei-o por acaso na biblioteca e fiquei mega empolgada!

O livro me entusiasmou porque fala de um comportamento que eu tenho, desde que eu me entendo por gente, que muitas pessoas não compreendem e que para mim é essencial...ter momentos a sós, tipo assim, comigo mesmo.

O conceito principal é dar um tempo a si mesmo para pensar na vida, nas suas escolhas...lembrar o que é importante para você, o que faz a vida ter o sentido que tem para você. O que te faz feliz de verdade, independente do que os outros esperam de você.

Parece uma coisa a toa, mas para mim não é...foram nos momentos em que eu estive só com meus pensamentos é que realmente pude perceber o que quero da vida e o tipo de pessoa que eu quero ser.

É o famoso "ouvir seu coração"....não apenas para relacionamentos amorosos, mas também para questões do trabalho, da família, dos amigos, da vida em sociedade. E o bacana é que esses momentos podem ser corriqueiros, curtos ou longos.

Enfim, adorei ler o livro...e me lembrei de algo que sempre desejei fazer...viajar sozinha. Era uma idéia ha muito esquecida, mas que hoje não me parece absurda. Quem sabe não chegou o momento?

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Senta que lá vem história...


Quando eu era adolescente, uma das coisas que me angustiavam era o fato de eu não ter histórias para contar....era engraçado porque lembrando disso hoje acho que não era nada absurdo, se até Justin Bieber tem uma biografia, porque e eu não podia me preocupar com isso na época?

Olhando para trás, vejo que tenho muitas histórias...e são elas que eu quero voltar a reviver no momento em que eu conto para vocês. Eu sei que não devo e nem vou viver no passado, mas foram as histórias do passado que me trouxeram até este momento presente. E são elas que vão servir de parâmetros para as histórias que estão por vir...tanto para eu agir da mesma maneira ou romper com os paradigmas.

Então senta que lá vem história...

Eu sou a penúltima filha de uma família com sete irmãos, eu tenho três irmãs e três irmãos. Todos são casados, com filhos, casa, cachorro, papagaio, etc...eu sou a única solteira. Meus irmãos brincam ao dizerem que eu fui a única esperta. Não sei se eles estão certos, mas sempre pensei em trabalhar, estudar primeiro para depois pensar em constituir uma família. Ou não.

O fato é que moro com a minha mãe, meu pai faleceu há oito anos, mas eles já eram separados nesta época. Meu relacionamento com minha mãe é bom, geralmente quando brigamos é mais por ela achar que eu ainda tenho quinze anos, mas eu procuro relevar e nos damos bem na maior parte do tempo. Minha mãe é uma pessoa com quem eu sempre posso contar, é o tipo de mulher que faz de tudo pelos filhos, não só para mim mas para meus irmãos também, mas não pensem que ela só passa a mão na cabeça, não, quando tem que dar uma dura ela faz isso também, e como faz!...kkkkk

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Uma nota

Lendo os blog's da vida...pensei em uma coisa que já tinha me ocorrido outras vezes...tem pessoas que convivem comigo que eu não sei nada a respeito delas e que não sabem nada a meu respeito.

#Fato.

E tem tantos blogs que eu leio que são como se eu conhecesse a pessoa a anos! E elas me conhecessem. Rola uma identificação, entende?

Eu tenho certeza que muita gente que me conhece não imagina as coisas que eu escrevo aqui no blog (tem pessoas que nem sabem que eu tenho um blog), não que eu esconda meu blog a sete chaves, mas é que eu também não fico divulgando para todo mundo.

O que acontece também é que às vezes não temos oportunidade de nos expressarmos, as pessoas gostam tanto de falar que não têm paciência para ouvir...ou ouvem apenas o que querem. Ou, e quem tem blog sabe disso, somos mal interpretados...

E também tem essa vida corrida que a gente leva...trabalho, estudo, academia, balada...não sobra muito tempo para jogar conversa fora...

Enfim...

De uma coisa eu posso dizer com certeza...AMO MUITO este espaço aqui...e como eu disse lá no comecinho, quando eu criei este blog...é o blog que eu vou levar para a vida toda (mesmo tendo vontade de acabar com ele às vezes) então...os próximos posts serão dedicados a contar um pouco mais desta blogueira que vos fala.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Ter ou não ter namorado


TER OU NÃO TER NAMORADO
Artur da Távola


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.

Namorado é a mais difícil das conquistas.

Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil.

Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado é quem não tem amor, é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.

Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria.

Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora em que passa o filme, de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.

Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.

Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira – d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem gosta sem curtir, quem curte sem aprofundar.

Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.

Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações, quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.

Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.

Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.

ENLOU-CRESÇA.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Às vezes a gente acerta na mosca!

De tudo o que eu já vivi até hoje, de uma coisa eu posso dizer com certeza...eu nunca me arrependi de ouvir minha intuição.

Ela nunca me deu pista errada...e com o passar do tempo as coisas apenas se confirmaram...

E posso dizer que em 90% das minhas decisões eu estava certa...e não me arrependo. Para falar a verdade eu só me arrependo de uma coisa na vida...não vou falar o que é, mas confesso que não perco o sono por causa disso.