Ele não falou o parágrafo completo mas a ideia principal...aceitar Deus na forma que o concebemos. Eu fiquei pensando a meu respeito. Desde muito criança eu não conseguia entender o que era Deus, eu ia na igreja mas não conseguia entender...
Eu fui batizada na igreja católica quando eu tinha quatorze anos (batismo e primeira comunhão juntos)....eu pensava que quando eu fosse batizada algo mudaria em mim e eu entenderia...mas não rolou. Continuei sentindo e pensando da mesma maneira...nada de milagres.
Com isso eu parei de ir na igreja, apesar de acreditar em Deus eu não me sentia acolhida por ele, muito menos compreendida e amada. E assim se passaram muitos anos...eu não conseguia deixar de acreditar em um mundo sem Deus, mas também não acreditava que Deus se importasse muito com as pessoas...muito menos comigo.
Até que eu um dia, eu lendo a respeito de alcoolismo para entender o que meu pai tinha passado eu li os Doze Passos do AA e me dei conta que eu poderia fazer as pazes com Deus, pois eu poderia aceita-lo da maneira que eu o concebia...e isso para mim foi libertador.
Hoje meu pai é quem representa Deus para mim...e faz por mim (me ama, me aceita, me escuta, me protege, me entende) tudo o que ele não pode fazer enquanto estava vivo...Deus ganhou significado em minha vida e isso me transformou em uma pessoa mais feliz e agradecida por todas as pessoas e coisas boas que aconteceram em minha vida.
Eu conheci o sentimento de gratidão...o sentimento de me sentir grata por estar viva, por poder desfrutar das coisas boas e nem tão boas que acontecem. O sentimento bom de fazer parte de algo...de ser importante na vida de alguém...de poder contribuir.
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